pinga-lab / CBG-2014

Trabalho para o Congresso Brasileiro de Geologia (2014)

Geek Repo:Geek Repo

Github PK Tool:Github PK Tool

ALGUNS EXEMPLOS DE USOS E ABUSOS EM MÉTODOS POTENCIAIS

Autores

Oliveira Jr., V. C.1, Uieda, L.12, Barbosa, V. C. F.1

1Observatório Nacional ; 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Evento

47o Congresso Brasileiro de Geologia, 21 a 26 de setembro de 2014, Salvador, Bahia

Resumo

A magnetometria e a gravimetria são dois dos mais antigos métodos geofísicos e fazem parte do que se conhece como métodos potenciais. O uso da magnetometria na exploração mineral remonta ao início do século XVII. Posteriormente, durante a segunda guerra mundial, a magnetometria foi fortemente impulsionada pelo desenvolvimento de magnetômetros utilizados em aeronaves. Já o uso da gravimetria na exploração remonta ao início do século XX e foi impulsionado pelo interesse de empresas de petróleo na exploração de óleo e gás. A aplicação dos métodos potenciais na exploração mineral foi extremamente beneficiada pelo desenvolvimento de equipamentos (magnetômetros e gravímetros) próprios para aquisições aéreas (aerolevantamentos). Atualmente, os aerolevantamentos constituem a principal forma de aquisição de dados magnetométricos e gravimétricos, uma vez que possibilita a cobertura de extensas áreas em um tempo relativamente curto. Além disso, o aprimoramento das técnicas de posicionamento por satélite possibilitou a determinação precisa da localização das aeronaves e resultou na melhora significativa da qualidade dos dados. Dentre as principais técnicas utilizadas em métodos potenciais, destacamos a Deconvolução de Euler e o Sinal Analítico. A Deconvolução de Euler foi desenvolvida no final dos anos 80 para determinar a posição, em geral, do topo ou centro de fontes geológicas simples. O Sinal Analítico foi utilizado na interpretação de dados potenciais nos anos 70 para a determinação dos limites horizontais de fontes geológicas. Estas duas técnicas usam derivadas espaciais dos dados que são geralmente calculadas numericamente no domínio da frequência. Estes cálculos são extremamente eficientes computacionalmente graças ao uso da transformada rápida de Fourier (FFT). No entanto, esse tipo de cálculo tem as desvantagens de ser numericamente instável, pois amplifica ruídos de alta frequência, e requerer dados regularmente espaçados sobre um plano horizontal. Por outro lado, o cálculo das derivadas pode ser feito no domínio do espaço via a técnica da Camada Equivalente, que permite o controle da amplificação de ruídos e não impõe restrições na distribuição espacial dos dados. De fato, a camada equivalente pode ser utilizada para uma gama de processamentos como continuação para cima, interpolação, redução ao pólo, e nivelamento, dentre outros. Estes fatos viabilizam o uso da camada equivalente na grande maioria dos levantamentos geofísicos. No entanto, a utilização da camada equivalente é, em geral, computacionalmente mais custosa. Neste trabalho, apresentamos uma série de aplicações da Deconvolução de Euler, Sinal Analítico e Camada Equivalente na interpretação e processamento de dados magnetométricos e gravimétricos. Os exemplos incluem boas e más práticas no uso dessas técnicas tão difundidas na indústria e na academia. Todos os códigos e dados sintéticos para a reprodução dos resultados foram gerados com o sofware livre Fatiando a Terra (http://www.fatiando.org) e estarão disponíveis em https://github.com/pinga-lab/CBG-2014.

About

Trabalho para o Congresso Brasileiro de Geologia (2014)