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Banco de dados a partir da documentação do GIFI-AN: pedidos de licenças de sociedades carnavalescas entre 1900 e 1914

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DOI:10.13140/RG.2.2.31670.83521/1

Autor: Eric Brasil

Banco de dados produzido a partir da documentação do GIFI-AN: pedidos de licenças de sociedades carnavalescas entre 1900 e 1914.

A ferramenta foi desenvolvida apenas para pesquisas acadêmicas, sem fins lucrativos. O banco não se propôs a esgotar as fontes do GIFI, nem mesmo da documentação referente aos pedidos de licença.

Índice


Introdução:

A publicização desse banco de dados visa tornar acessível a qualquer pessoa parte dos dados produzidos na pesquisa de doutorado entre 2012 e 2016. Ele foi pensado como um recurso para pesquisas em história social da cultura da cidade do Rio de Janeiro no início do século XX. A criação do banco de dados público e pesquisável é fruto das reflexões e experiências empíricas de historiadores e sociológos que têm enfrentado o desafio de fazer ciências humanas no mundo digital. Defendemos a importância da apropriação, uso, desenvolvimento e aprimoramento de ferramentas digitais para as humanidades, assim como a urgência na sofisticação teórica, metodológica e epistemológica sobre as chamadas Humanidades Digitais e especialmente sobre História Digital.

Pesquisa:

A tese de doutarado, proveniente dessa pesquisa, intitulada Carnavais Atlânticos: cidadania e cultura negra no pós-abolição. Rio de Janeiro e Port-of-Spain, Trinidad (1838-1920), teve como objetivo principal analisar transnacionalmente experiências de mobilização negra através dos carnavais das cidades do Rio de Janeiro e de Port-of-Spain, Trinidad entre 1838 e 1920. Busquei compreender a atuação de sujeitos negros em sociedades tão distintas e como elaboraram estratégias de ação pública, de organização social e de reivindicação de direitos e cidadania no Pós-Abolição, tendo o carnaval como elemento que catalisou e potencializou suas experiências. A pesquisa esteve preocupada em refletir sobre termos de cidadania e cultura negra num contexto urbano influenciado pela diáspora africana, pela abolição da escravidão e pelo racismo. Para tanto, foram utilizadas fontes diversas referentes às duas cidades. No Rio de Janeiro pesquisei os periódicos preservados na Biblioteca Nacional, a documentação policial e de outros órgãos oficiais no Arquivo Nacional, os Diários Oficiais da União, além da vasta produção de memorialistas, folcloristas e historiadores. Para Port-of-Spain, as fontes primárias analisadas foram aquelas arquivadas na British Library, no National Archives e no King’s College em Londres, Inglaterra. Assim como no Rio, memorialistas, folcloristas e a produção historiográfica foram fundamentais na pesquisa. A tese foi dividida em três partes: a primeira sobre os carnavais negros no Rio, a segunda sobre os carnavais negros de Port-of-Spain e a terceira, e conclusiva, apresenta a análise comparativa transnacional. Seu recorte cronológico respondeu ao período Pós-Abolição em cada cidade – a partir das décadas de 1840 e 1890, em Port-of-Spain e no Rio, respectivamente. Com essa estrutura, e ao final do trabalho, pude demonstrar o quanto estratégias de mobilização negra em ambas as cidades do Atlântico estiveram dialogando com variadas forças de suas sociedades – especialmente imprensa e polícia –, e produzindo caminhos de valorização, reconhecimento, autonomia, cidadania através de experiências onde o carnaval representou um papel fundamental em sua ação coletiva.

Fontes:

O primeiro conjunto de fontes trabalhado na pesquisa consiste nos pedidos de licença e documentação policial referentes à sociedades recreativas do Rio de Janeiro, preservadas no fundo GIFI do Arquivo Nacional.

O Grupo de Identificação de Fundos Internos - GIFI -, segundo o site do Arquivo Nacional, "foi formado em 1981, com o objetivo de identificar o acervo documental da antiga Seção do Poder Executivo que não tinha sofrido tratamento técnico - cerca da quinta parte do acervo da Seção." Nele encontramos inúmeras pastas sobre pedidos de licenças de associações carnavalescas.

Esses pedidos de licença forneceram um conjunto rico de dados qualitativos e quantitativos para a pesquisa, contendo nomes, endereços, profissões, estatutos, além da movimentação e argumentação das forças policiais sobre a concessão ou não das licenças solicitadas.

Banco de dados:

O banco de dados foi inicialmente elaborado em Access e recentemente transformado em CSV para melhor visualização, pesquisa e compartilhamento.

Seu objetivo era formar uma conjunto de dados qualitativos e quantitativos sobre sociedades carnavalescas que depois seriam cruzadas e analisadas a partir de outros conjuntos de fontes (especialmente os periódicos e diários oficiais da União).

O Banco de dados Sociedades Carnavalescas possui 1178 entradas, contendo as seguintes colunas:

  • Código;
  • Nome da Sociedade;
  • Data (do pedido);
  • Endereço (da associação);
  • Licença (se é um pedido de licença); True/False
  • Estatuto (se consta estatuto); True/False
  • Notação-GIFI;
  • Tipo de licença;
  • Obs (comentários breves da época da pesquisa);
  • Presidente (se há registro);
  • Licença anterior (se há registro); True/False
  • Nomes/Sujeitos (quando há referência aos membros ou diretoria); True/False
  • Doc policial (se é um documento interno da polícia); True/False

As colunas booleanas (True/False) indicam se a informação consta na fonte.

As fontes estão todas fotografadas e em breve serão disponibilizadas para acesso. E então será incluída uma nova coluna IMG (com a referência da fotografia) e o link para o arquivo.

Uso e funcionalidade:

No site é possível pesquisar os termos desejados, escolher a quantidade de registros visíveis por páginas, ordenar por qualquer coluna e fazer download do arquivo CSV completo.

Atenção: como o arquivo é grande, pode demorar alguns segundos para carregar o banco de dados na tela. Por favor, aguarde.

Para baixar o csv diretamente clique aqui

Questões técnicas e História Digital:

A utilização de linguagem de programação entre outras técnias e métodos digitais tem se tornado cada vez mais eficiente e imprescindível para as pesquisas em humanidades.

Tenho buscado avançar nas reflexões teóricas, metodológicas e epistemológicas das ferramentas digitias de pesquisa para a disciplina História, atuando no curso de História da Unilab, campus dos Malês e no Laboratório de Humanidades Digitais da Ufba.

Para o caso do banco de dados Sociedades Carnavalescas, utilizei Python3.8 para manipular o CSV.

O arquivo CSV com todas as informações do banco de dados foi convertido para html através do código desenvolvido por Derek Eder e armazenado no Github e hospedado em meu site pessoal gerado com Github Pages.

O código é livre e aberto para ser utilizado.

Como citar?

BRASIL, Eric. Banco de dados de Sociedades Carnavalescas do Rio de Janeiro, 1900-1914 - GIFI/AN. 2016. Disponível em https://ericbrasiln.github.io/Sociedades-Carnavalescas-RJ/. DOI: http://dx.doi.org/10.13140/RG.2.2.31670.83521/1 Acesso em 07 de jun. 2021.

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  author = {Eric Brasil},
  title = {Banco de dados de Sociedades Carnavalescas do Rio de Janeiro, 1900-1914 - GIFI/AN},
  year = {2016},
  publisher = {GitHub},
  journal = {GitHub repository},
  howpublished = {\url{https://github.com/ericbrasiln/Sociedades-Carnavalescas-RJ}}
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  note = {Online; accessed 07 Jun 2021}
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