Internações por Doenças Relacionadas ao Saneamento Inadequado DRSAI 1
Análise exploratório de dados - Plano de Monitoramento, Projeto Cocôzap
O Plano de Monitoramento é parte integrante do projeto Cocôzap - pesquisa e monitoramento cidadão de dados sobre saneamento básico no Complexo de Favelas da Maré durante uma pandemia de COVID-19, em articulação com ativistas, pesquisadores e gestores públicos. O Cocôzap é um projeto do Data_Labe de mapeamento, incidência e participaçãoã sobre saneamento básico em favelas.
Uma análise teve como objetivo entender o território e o grupo populacional mais atigindo pelas doenças relaciondas ao saneamento nutricional.
1 Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado
Foram coletados dados de internações do município do Rio de janeiro no SUS (SIH-SUS) por CID 2 de doença relacionada ao saneamento inadequado considreando uma raça, gênero, localidade do paciente e localidade do hospital de internação. Assim, obtida-se 157 internações de Dezembro de 2019 até Maio de 2020.
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Uma base de dados gerais do SIH-SUS está hospedada AQUI
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Neste repositório você encontra:
1. Dicionário de dados SIH-SUS 2. Base de dados estabelicmentos SUS 3. Base de dados SIH-SUS e Base de dados SIH-SUS tratada 4. Base de dados de geolocalização dos cep
2 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde
Identificamos 157 casos de internações, sendo metade delas crianças de até 11 anos de idade e 52% dos pacientes negros 3 . A diferença de gênero entre os pacientes não é tão grande, mas há mais homens sendo internados que mulheres e a maioria das crianças são do sexo feminino e nessa faixa etária que há maior incidência de internações por doença relacionada a falta de saneamento básico.
A maior causa de internação foi por diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível e 5 pessoas causaram um óbito.Os três bairros com maior número de pacientes são Guaratiba, Maré e Campo Grande. 45% das internações são de pacientes que moram na Zona norte do Rio de Janeiro, seguido de 37% na Zona Oeste. Ambos as zonas concentram a distribuição de pessoas negras no estado e são as áreas mais pobres da cidade, segundo Barbosa em https://desigualdadesespaciais.wordpress.com/. Na Maré, no mesmo período, 8 pessoas foram internadas por DRSAI, sendo 5 casos de pediatria.
No período analisado, a maior prevalência se deu nos meses de janeiro, fevereiro e com pico em março. Este período é desejado por ser o período de chuvas na cidade do Rio de Janeiro, o que nos leva a reforçar a hipótese de que os escoamentos das águas da chuva e esgotamento são inadequados na cidade. As fortes chuvas provocam mais transbordamento do esgoto, o que leva as pessoas a terem contato com essas águas residuárias gerando possíveis contaminações
3 Uma análise considerada negros como a soma de pretos e pardos, isto devido o recorte racial que está sendo feito na análise e entendimento da população negra no Brasil.
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